domingo, 30 de maio de 2010

MADRE TEREZA DE CALCUTÁ FALA SOBRE O MAU HUMOR!

Quanta gente mal-humorada entre os cristãos da atualidade! Como precisamos resgatar a alegria de servir, o sorriso e a felicidade de sermos representantes do Reino entre os representantes do mundo.
Quantos cristãos, de todos os segmentos do cristianismo, pretendem se iludir pensando que ser religioso, que seguir a Cristo é ser mal-humorado. Baniram de seus Evangelhos as festas de que participou Jesus; tiraram das páginas sagradas as criancinhas com as quais ele se envolveu e que amou, com sua natural alegria e espontaneidade. Onde, o sorriso? Onde, a alegria? Onde, os cânticos de louvor, de gratidão, de comemoração à ressurreição?
Talvez tenhamos aprendido a valorizar bem mais o sofrimento do calvário que a beleza da ressurreição.
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Tem gente que pretende ser representante da boa-nova de Cristo, mas que só consegue ver o lado negativo do mundo, das religiões e da própria vida.
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Há aqueles que, mesmo ao lidar com as questões mais triviais, reclamam diante de quaisquer obstáculos ou perante a ação de um companheiro.
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Vejo como as pessoas mal-humoradas sempre encontram um motivo, algo ou alguém que lhes sirva de alvo às reclamações.
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Cristo surgiu pregando uma boa nova em meio a festejos de casamentos, em festas religiosas e familiares, envolvendo-se com criancinhas fogosas e comendo e bebendo junto ao povo.
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Hoje, muitos que julgam servir a Cristo estampam tal rabugice em suas atitudes que transformam a obra a que se dedicam num serviço oneroso e opressivo. Meus Deus, que fizemos com a mensagem de alegria do Evangelho? Os primeiros cristãos quando eram levados ao circo romano, caminhavam entre os leões cantando e regozijando-se...
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Durante meu ministério junto aos meus pobres, seja nos arredores de Calcutá ou em outros recantos obscuros do mundo, presenciei pessoas realmente pobres e sem nenhuma instrução, sem nenhuma esperança de melhora de sua condição social, a cantarem, sorrirem e com os olhos brilhando de alegria, uma alegria que era sobremodo contagiante ( ... ) incontáveis vezes observei lavadeiras em estado lamentável a esfregar suas poucas e rotas roupas em meio a cânticos alegres ( ... ) Junto a mendigos, enfermos e pessoas desiludidas devido ao câncer e à aids, eu os ouvi arrancar de dentro de seu espírito uma força que jamais veria em seus corpos, para então surpreenderem-me a sorrir e entoar canções ( ... ) assisti uma pessoa na hora da morte, alegre, me mostrando o por do sol ( ... ) Ele foi um dos que encontrei de braços abertos e sorriso amplo nos lábios, tão logo me vi fora do corpo.
Procuro imaginar meios de resgatar a alegria em nossos encontros, de enfatizar os aspectos felizes, alegres e bem-humorados da vida. Podemos e devemos ressaltar esse aspecto da pregação e da vida de jesus, educando os cristãos a verem a ressurreição, ao invés da morte, a cura e a libertação, em vez da lepra. Estimular a valorização das obras beneméritas, em detrimento da miséria; fomentar a visão daquilo que denominamos de fim do mundo mais como esperança de reconstrução que como destruição.
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(... ) PODEMOS REEDUCAR NOSSAS MENTES A VIVER COM QUALIDADE E HUMOR, COM MAIS ALEGRIA, PERCEBENDO O LADO BOM DE CADA COISA, DE CADA PESSOA ( ... ) HÁ SEMPRE UM PERFUME ESCONDIDO, UM LÍRIO NO PÂNTANO, UMA BELEZA DISFARÇADA.

Extraído do livro " A FORÇA ETERNA DO AMOR " de Madre Tereza de Calcutá

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